200 Anos da Costa-Nova
(fascículo 18)
9.6 – A primeira ligação por camioneta a Aveiro
Em 1905 foi inaugurada a primeira carreira de camioneta com acesso à Costa Nova, ligando a praia a Aveiro. Naturalmente que esta facilidade melhorou substancialmente a possibilidade de acesso à praia e o transporte de pessoas e tralhas, fazendo que a frequência da mesma sofresse um aumento notório.
A Camioneta no início do século XXEntretanto a «quinta do Farol», de Luís Magalhães, irá ser divida em duas, em 1922.
Da ponte pode observar-se
a Quinta de Luís Magalhães
uma, a do norte, foi vendida a Marques da Costa (170.000$00); a outra parte foi entregue aos dois foreiros que lá trabalhavam desde a sua fundação. Teria sido este Marques da Costa quem, em nome da Companhia das Lezírias , solicitou à Câmara de Ílhavo o aforamento de toda a zona compreendida entre a ria e o mar, desde a Barra até Vagos, à excepção da Costa Nova. Uma imensidão. Intenção que não foi por diante.
a Quinta de Luís Magalhães
uma, a do norte, foi vendida a Marques da Costa (170.000$00); a outra parte foi entregue aos dois foreiros que lá trabalhavam desde a sua fundação. Teria sido este Marques da Costa quem, em nome da Companhia das Lezírias , solicitou à Câmara de Ílhavo o aforamento de toda a zona compreendida entre a ria e o mar, desde a Barra até Vagos, à excepção da Costa Nova. Uma imensidão. Intenção que não foi por diante.
Pedido de aforamento de Marques da Costa à CMI (19.06.1922)Em 1914, o empresário, António Pericão, pede para instalar, a norte da Costa-Nova, uma fábrica de guano. Felizmente, por razões óbvias, o projecto que teria efeitos catastróficos sobre a qualidade da praia ,foi liminarmente reprovado.
9.7- A barca da passagem foi concedida aos murtoseiros
Em 1926,levantar-se-ia uma intensa polémica derivada do facto da barca da passagem ter sido concessionada, também, aos Murtoseiros, decisão agravada com o facto de serem, ainda, estes, a deterem o monopólio do transporte do peixe. Concessão atribuída pelo Capitão do Porto de Aveiro, Comt. Tavares da Silva[2] àquelas gentes do norte da Laguna. Tal concessão originaria uma verdadeira revolução, que fez com que a Câmara de Ílhavo fizesse uma petição a Lisboa no sentido de tais direitos serem entregues à Misericórdia de Ílhavo .
9.7- A barca da passagem foi concedida aos murtoseiros
Em 1926,levantar-se-ia uma intensa polémica derivada do facto da barca da passagem ter sido concessionada, também, aos Murtoseiros, decisão agravada com o facto de serem, ainda, estes, a deterem o monopólio do transporte do peixe. Concessão atribuída pelo Capitão do Porto de Aveiro, Comt. Tavares da Silva[2] àquelas gentes do norte da Laguna. Tal concessão originaria uma verdadeira revolução, que fez com que a Câmara de Ílhavo fizesse uma petição a Lisboa no sentido de tais direitos serem entregues à Misericórdia de Ílhavo .
Costa-Nova início cerca anos 20
9-8 –Criação da Comissão de Turismo
A década de 20-30, do novo século, teria feito sentir a necessidade de se encontrar um novo rumo para o agregado urbano, até ali a nascer e a desenvolver-se um pouco sem regras, dum modo anárquico, para desse modo fazer um melhor aproveitamento das condições naturais, locais,que era praticamente tudo quanto até ali lhe dava carácter e forma; sente-se,pois, necessidade de levar acabo uma intervenção profunda, paralhe desenhar um perfil urbano minimamente atractivo, Criar arruamentos transversais facilitando os acessos, proceder a alinhamentos das construções existentes, procurar resolver a grave questão da iluminação, e tornar mais atractivo o seu centro cívico, dando-lhe um aspecto moderno.
Antevistas as potencialidades da Costa Nova (e até da Barra),no sector do lazer, é constituída em 1929 uma Comissão de Turismo com a finalidade de estabelecer as bases de uma programação que as dinamizasse. São nomeados os Dr.s Emanuel Rebocho e José Rito, para presidente e vice-presidente da referida Comissão, respectivamente.
Na praia, nas cercanias da mota das barcas, viriam a instalarem-se várias pensões de entre as quais se referem a «Astória»[3], o«Zé das Hortas» ,«Azevedo», «Rafeiro», «Quintino», «Flor da Lomba» e outras. No local onde mais tarde viria a fixar-se o restaurante «A Marisqueira», funcionou o café Central; e claro, o «Coração da Praia» de Amadeu Telles, de todos o mais famoso e concorrido ponto de reunião dos veraneantes, o local para onde convergia a fina-flor do veraneio. Em 1929 «O Ilhavense» relatava a abertura da época balnear, informando que a D.Maria da Conceição abria as portas do Hotel Coração da Praia e o Amadeu, abria as portas da Assembleia.
9-8 –Criação da Comissão de Turismo
A década de 20-30, do novo século, teria feito sentir a necessidade de se encontrar um novo rumo para o agregado urbano, até ali a nascer e a desenvolver-se um pouco sem regras, dum modo anárquico, para desse modo fazer um melhor aproveitamento das condições naturais, locais,que era praticamente tudo quanto até ali lhe dava carácter e forma; sente-se,pois, necessidade de levar acabo uma intervenção profunda, paralhe desenhar um perfil urbano minimamente atractivo, Criar arruamentos transversais facilitando os acessos, proceder a alinhamentos das construções existentes, procurar resolver a grave questão da iluminação, e tornar mais atractivo o seu centro cívico, dando-lhe um aspecto moderno.
Antevistas as potencialidades da Costa Nova (e até da Barra),no sector do lazer, é constituída em 1929 uma Comissão de Turismo com a finalidade de estabelecer as bases de uma programação que as dinamizasse. São nomeados os Dr.s Emanuel Rebocho e José Rito, para presidente e vice-presidente da referida Comissão, respectivamente.
Na praia, nas cercanias da mota das barcas, viriam a instalarem-se várias pensões de entre as quais se referem a «Astória»[3], o«Zé das Hortas» ,«Azevedo», «Rafeiro», «Quintino», «Flor da Lomba» e outras. No local onde mais tarde viria a fixar-se o restaurante «A Marisqueira», funcionou o café Central; e claro, o «Coração da Praia» de Amadeu Telles, de todos o mais famoso e concorrido ponto de reunião dos veraneantes, o local para onde convergia a fina-flor do veraneio. Em 1929 «O Ilhavense» relatava a abertura da época balnear, informando que a D.Maria da Conceição abria as portas do Hotel Coração da Praia e o Amadeu, abria as portas da Assembleia.
Costa-Nova início 1920----------------------------------------------------------------------
[1] No inicio do séc. XX ,os preços praticados na pensão eram:diárias completas 18$00 a 20$00;Jantares 11$00;pequenos almoços 2$50;camas 5$00.
[2] Que substituiu o Cte Rocha e Cunha
3 -No início séc XX os preços praticados eram :DIÁRIAS COMPLETASS 18$00;JANTARES 11$00; PEQUENOS ALMOÇOS
2$50;CAMAS 5$00
Nenhum comentário:
Postar um comentário