200 ANOS DA COSTA-NOVA
Palheiro "referido" como de José Estevão
negociante de peixe, de Viseu. A norte desta apenas existia o palheiro do Padre José Bernardo de Sousa. Outros palheiros começaram, entretanto, a alapar-se por ali à volta: foi o caso do de Manuel da Maia Vieira, Capitão Mor, chefe das Ordenanças e Juiz Ordinário de Ílhavo,do de José Ferreira Félix, Sargento Mor, Tenente das Milícias e Vereador da Câmara de Ílhavo, do de José Gomes dos Santos, o «Rigueira», feitor do Capitão Mor e o de João de Azevedo Júnior, feitor do Sargento Mor. Neste primeiro agregado o situado mais a sul era o referido, pertença de Manuel Marinho, limitando o núcleo fundador, que se dispersava todo para norte.
Inicialmente os primeiros banhistas – começados a chegar a partir de 1822 -, ocuparam os pisos de areia dos palheiros de salga, cobrindo-os com esteiras onde alinhavam as trouxas, por ali pernoitando depois de terminada a lufa-lufa da entrega do peixe, finda a azáfama do dia..
A vinda a banhos, prática que a Realeza inspirara, tornara-se moda nos meados do séc. XIX, fazendo acorrer à beira mar uma burguesia com posses e tempo, suficientes, para se entregar à prática de lazer, e à recolha das virtudes que se descobriam existir no mergulho nas águas frias do oceano. Parece terem sido os clérigos, quem aqui, na Costa –Nova, inauguraram o novo hábito, procurando a praia para revigorar o corpo - antes que a alma se «fosse»…-escoando os dias nas brequefestas dos panelos da caldeirada bem regada por néctar bairradino, longe do esparto do serviço espiritual.
6- INTEGRAÇÃO NO CONCELHO DE ÍLHAVO
A praia irá progredir e crescer. De ano para ano atrairá um sempre maior número de banhistas que se vem misturar à azáfama das Companhas. Administrativamente, o local, foi finalmente integrado no Concelho de Ílhavo, por decreto de 24 de Outubro de 1855 [1] ; e por portaria de 10 Setembro de 1856 passou à jurisdição espiritual da Freguesia de S. Salvador, Ílhavo.
7-ESTRADAS: COSTA NOVA-AVEIRO e ÍLHAVO-COSTA NOVA
Dos factores que maior importância viria a ter no desenvolvimento da Costa-Nova, sobressaiem as ligações rodoviárias que se estabeleceram; primeiro com Aveiro (1855) através da ponte no Forte da Barra (1861)[2] e da Cambeia (1865), e posteriormente, a ligação de Ílhavo à Mota da Srª da Maluca (1900).
Ponte das duas águas
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Um comentário:
Não se tornaria mais claro se o fascículo mudasse num parágrafo, independentemente da localização da imagem do "dito" palheiro de José Estêvão?
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